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Maracás: E agora José? A festa acabou, o povo sumiu, a obra parou...


Passada a Eleição, há cerca de 20 e poucos dias, promessas foram feitas, cidade vivia a expectativa de um crescimento jamais visto. Obras que não paravam um dia da semana, muitas das vezes seguiam noite a dentro, mesmo até debaixo de chuva. Promessas de avanços em todos os setores.


Porém a realidade hoje é outra. O poema José, de Carlos Drummond de Andrade foi publicado originalmente em 1942, na coletânea Poesias. Ilustra o sentimento de solidão e abandono do indivíduo na cidade grande, a sua falta de esperança e a sensação de que está perdido na vida, sem saber que caminho tomar.


De fácil adaptação a realidade maracaense, o poema coloca uma interrogação na consciência dos cidadãos de Maracás:

“- E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?

- E agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta?”

Obras paralisadas, obras sem qualidade. Qual a justificativa das paralisações? Por que calçamentos que foram feitos recentemente já necessitam de reformas? A ruas em volta do Ginásio municipal, estão com as obras de pavimentação paradas há dias. Você sabia? Segundo informações, a Caixa Econômica Federal teria embargado a obra por supostamente estar fora dos padrões e não atender ao projeto original.


Nesse final de semana, foi movimentado no Ginásio Municipal. Torneio de Vôlei e Futsal Feminino. Ah, esse último, sempre sem recursos, até para realizar o evento. Políticos que lutaram para ser eleitos ou reeleitos, sumiram. Nenhum representante do poder público no local do evento.


A realidade de Maracás é a realidade de muitos outros municípios. Cria-se fantasias nas mentes dos cidadãos, e as apagam ao piscar dos olhos após a votação. Como é dito por populares:

“Votou? Já não tem mais valor!”

Carlos Drumond há 78 anos publicou a realidade que não queremos enxergar.


“...José, e agora? Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José!

José, para onde?”



Informações/Jornal da Cidade

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