Apoio dos partidos às candidaturas femininas: Um passo essencial para a representatividade

A participação feminina na política é essencial para garantir uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, apesar das leis que exigem a inclusão de mulheres nas candidaturas, o sistema político brasileiro ainda não oferece o suporte necessário para fortalecer a presença feminina no legislativo. Exemplo claro dessa realidade são os resultados das últimas eleições em municípios como Iramaia, Itiruçu e Maracás, que demonstram a dificuldade que as mulheres enfrentam para ocupar espaços de poder para defender os direitos das mulheres e outras pautas sociais.

Em Iramaia, mesmo com 22 candidatas concorrendo nas últimas eleições, nenhuma mulher foi eleita para a câmara de vereadores. Isso revela a persistente barreira que impede a consolidação da representatividade feminina, que permanece dominada por homens. Situação semelhante ocorreu em Itiruçu, onde, após um longo período, apenas uma mulher conseguiu ser eleita vereadora. Já em Maracás, houve uma queda preocupante na representatividade feminina, com o número de vereadoras eleitas caindo de três para duas vagas na última eleição.

Esses resultados evidenciam a fragilidade da aplicação das leis eleitorais que defendem a representatividade de gênero. A legislação brasileira exige que pelo menos 30% das candidaturas sejam destinadas a mulheres, mas, na prática, muitas vezes esses espaços são preenchidos de forma simbólica, sem o real apoio dos partidos. Em muitos casos, candidaturas femininas são lançadas apenas para cumprir cotas, sem receber o suporte financeiro, político ou estrutural necessário para competir em condições justas.

A falta de incentivo dos partidos reflete uma prática de boicote institucional, onde o apoio às mulheres na política é enfraquecido. Essa realidade precisa ser modificada para garantir que as candidatas tenham as mesmas oportunidades que seus colegas homens.

O futuro da política local, tanto em Iramaia, Itiruçu, Maracás e em tantas outras cidades do Brasil, depende da superação dessas barreiras. Os partidos políticos precisam deixar de lado práticas limitadoras e abraçarem o fortalecimento da participação feminina.

Da Redação

Foto: Cidade Digital