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Médica que caiu de prédio em Salvador está internada; companheiro foi preso


A médica que caiu do 5° andar de um prédio no bairro de Armação, em Salvador, na madrugada desta segunda-feira (20), passou por cirurgias e está internada em estado grave, no Hospital Geral do Estado (HGE). Conforme a Polícia Civil, o companheiro dela, que também é médico, foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio. A defesa do homem, que não teve o nome divulgado, nega a acusação.

Segundo informações da delegada Bianca Torres, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) do Engenho Velho de Brotas, onde o caso é investigado, a situação ocorreu por volta de 1h20, na Rua Rodrigues Doria. Vizinhos do casal disseram que a médica, identificada como Sáttia Lorena Patrocínio Aleixo, caiu do prédio após uma discussão com o companheiro.

Em entrevista à TV Bahia, a delegada informou que o médico, que aguarda o juiz decidir se ele vai ser liberado ou terá prisão preventiva decretada, nega ter empurrado a companheira. O suspeito disse que a mulher sofria de depressão e se jogou do prédio.

”Ele disse que ela sofria de depressão e ele tentou segurar, e ela se jogou”. ”Ele [médico] teve pequenas escoriações, nada de grave, como se tivesse entrado em luta corporal”, contou Bianca Torres.

De acordo com o advogado do médico, Gamil Föppel, o homem disse que tentava a separação, e que Sáttia tentou agredir ele e se jogar pela janela da sala, como não conseguiu, foi para o quarto, onde tudo aconteceu.

”A pessoa avisa, pede para que não faça, chama a polícia, chama o Samu e presta o socorro. Não é minimamente razoável aceitar, nem mesmo em tese, a ideia de que ele praticou a tentativa de homicídio”, disse o advogado.

De acordo com a delegada Bianca Torres, um homem que mora no 4° andar do prédio em que o casal vive também prestou depoimento e disse que acordou com a discussão dos vizinhos. Ele contou que tentou conversar com a mulher pela janela quando percebeu que a médica estava apoiada no parapeito e viu que o companheiro segurava as mãos delas, mas que a mulher dizia que não tinha mais forças.

A delegada também informou que a perícia foi feita no prédio e o laudo tem até 10 dias para ficar pronto. O documento vai ser decisivo para esclarecer o que aconteceu.

Com informações do G1

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