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Bolsonaro passa imagem de que os governadores não têm responsabilidade, diz Rui Costa


O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que a contrapartida do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de não dar reajuste salarial para algumas categorias de servidores é uma ”exigência” que não faz sentido, uma vez que tal concessão é atribuição dos chefes dos Executivos estaduais.

A declaração foi dada na noite de sábado (16), durante debate da GloboNews, ocasião em que o gestor baiano defendeu a sanção de socorro financeiro de R$ 125 bilhões a estados e municípios para tentar aliviar os efeitos da crise do novo coronavírus na economia.

Segundo o petista, diante da ”queda de arrecadação é gigantesca”, Bolsonaro ”passa a imagem de que os governadores não têm responsabilidade fiscal”. ”Para mim, não faz diferença porque nós temos atuado com muita responsabilidade fiscal”, disse Rui Costa.

”Para nós, essa exigência não faz sentido porque considero que os governadores são responsáveis. Numa crise gigantesca dessa, não está no horizonte, com absoluta certeza, de nenhum governador ou prefeito a concessão de reajuste em qualquer mês neste ano ou no ano que vem, pelo menos no primeiro semestre”, afirmou o chefe do Palácio de Ondina.

Também participaram do debate os governadores João Doria (SP), Romeu Zema (MG), Flavio Dino (MA) e Antonio Denarium (RR), que também cobraram do presidente celeridade na sanção do socorro financeiro.

Na quinta-feira (14), Bolsonaro disse que deve fazer uma videoconferência com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com governadores para discutir o projeto antes de sancioná-lo.

Uma semana antes, o presidente afirmara que vetaria o trecho do texto que amplia a lista de servidores públicos que podem receber o reajuste salarial, seguindo a orientação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para Doria, não é o momento de negociação, pois o projeto de lei já foi aprovado. ”É lamentável que o presidente da República deseje fazer uma negociação diante de uma medida que foi aprovada no Congresso Nacional, aprovada na Câmara, aprovada no Senado Federal, e que deve ser colocada em prática”, criticou.

Informações / BMF

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